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Paixões perdidas no tempo
por Flávio Luiz Gomes Bastos


Dizia o poeta que a paixão entre dois seres que se amam é um estado de insanidade mental passageira que tende a acalmar à medida que o fogo vai se extinguindo. Porém, enquanto dura, propicia aos envolvidos uma "louca experiência no âmbito do amor desenfreado".



No entanto, existem paixões que fazem história no calendário do tempo. Intensa sintonia que é capaz de virar séculos ou milênios perseguindo sempre o mesmo ideal do reencontro, para que os envolvidos voltem a experienciar a mesma intensidade de emoções em que corpos fundem-se em uma só alma.

A saudade do(a) amado(a) e as lembranças da intensidade dos encontros apaixonados, pode levar o ser que desencarna repentinamente a um obsessivo quadro de fixação ao objeto desejado, mantendo essa sintonia perdida nos labirintos da imortalidade do espírito e do tempo.

Com a sintonia fixada no passado, a dama do século XVIII foi trazida pela equipe espiritual à reunião mediúnica de encarnados para que fosse orientada em relação a sua real situação. Vestia um elegante traje de época e quando falou através da médium, tinha consciência do que acontecera consigo, porém, não conseguia libertar-se da sintonia que a mantinha presa ao trágico acontecimento do pretérito, quando fora uma jovem da nobreza local que apaixonara-se por um plebeu, resultando dessa paixão proibida, um desfecho fatal, sendo assassinada por membro da família no lugar onde costumava encontrar-se com seu amado.

Na letra da canção "Imortality" (imortalidade), interpretada por Celine Dion, encontramos o intenso sentimento da paixão representado pelo sonho de perseguir até mesmo na imortalidade da alma, o obstinado desejo do reencontro:

Então é assim que sou
E isto é tudo que sei
E sei que devo escolher o viver
Por tudo que posso dar
É a faísca que faz o poder crescer
E eu defenderei meu sonho se puder
Ele é o símbolo de minha fé em quem eu sou
Mas você é meu único sonho
E devo seguir a estrada que está à frente
E não deixarei meu coração controlar minha cabeça
Mas você é tudo que está dentro dela
E assim não dizemos adeus
Não dizemos adeus
E eu sei que tenho de ser
Imortalidade


No segmento, a distinção de identidades e de níveis dimensionais entre os dois seres envolvidos na energia da paixão, parece não fazer sentido para ela, à medida que considera a imortalidade da alma e a simbiótica relação passional, um observatório onde poderá visualizar no horizonte da esperança, o tão desejado reencontro com a pessoa amada:

Eu farei minha viagem através da eternidade
E guardarei a lembrança de nós dois aqui dentro
Cumpra seu destino
Minha tempestade jamais passará
Minha fé está com o vento
Com o rei de copas, com o curinga
Mas nós simplesmente não dizemos adeus
Não dizemos adeus
Pois encontrei um sonho que deve se tornar realidade
Mas você é meu único sonho
Há uma visão e uma chama em mim
Eu guardo a lembrança de nós dois aqui dentro
E nós simplesmente não dizemos adeus
Não dizemos adeus
Com todo meu amor por você
E como o que mais façamos
Não dizemos adeus


A fonte que alimenta o amor passional é a mesma fonte que alimenta o amor abrangente, contudo, somos nós que fizemos as nossas escolhas de acordo com o livre arbítrio e o grau de percepção, desprendimento e discernimento da consciência. Nesse âmbito, nada acontece por acaso ou contrário à nossa vontade.

Portanto, o sentimento de amor é a experiência mais intensa vivenciada pelo espírito. Sentimento que exige na escola da vida, níveis de aprendizados inseridos na escala evolutiva do ser. E a experiência da paixão é importante para que possamos tirar as lições necessárias para o nosso crescimento, pois é através das experiências de prazer, dor e sofrimento provocados por um relacionamento intenso, mas, sobretudo transitório, que poderemos abrir as portas da percepção - e do coração - para a possibilidade de sintonizarmos um nível de amor menos intenso, mais sutil e equilibrado... e também eterno: o amor incondicional!